Gênio Criador Editora

10 livros para escrever bem

Obras ajudam a organizar o processo de criação, aprimorar os conhecimentos em língua portuguesa e melhorar o conteúdo em diversos formatos de escrita

Por Danilo Moreira

Você se considera uma pessoa que escreve bem?

Escrever pode ser um dom, mas, acima de tudo, envolve um esforço contínuo de aprendizado e prática, com experimentações, erros e acertos.

Uma das formas essenciais para o desenvolvimento de uma boa escrita é por meio da leitura. Pensando nisso, a Gênio Criador Editora selecionou alguns livros que podem te ajudar a desenvolver a sua habilidade de escrever.

São obras que tratam de questões gramaticais e ortográficas, além de refletirem sobre a composição textual e as nuances da língua portuguesa, que te ajudarão a escrever melhor em diversos tipos de texto e finalidade.

Veja a seguir:

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1. Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla

É normal que, ao escrever, tenhamos dúvidas de língua portuguesa. Por isso, é recomendável contar com livros que estejam à nossa disposição na hora em que precisarmos esclarecer essas questões.

Referência no assunto, a obra de Domingos Cegalla traz tópicos que costumam gerar dúvidas frequentes, relacionadas à ortografia, fonologia, morfologia, sintaxe, dentre outras comuns.

Além de responder às questões de forma didática, o autor fornece exemplos práticos por meio de frases de clássicos autores brasileiros, como Machado de Assis.

Publicada pela Editora Lexikon, atualmente, a versão que costuma ser mais encontrada é a quarta edição, publicada em 2018.

2. Novo dicionário de dúvidas da língua portuguesa, de Evanildo Bechara

O professor Evanildo Bechara é um dos gramáticos mais relevantes no Brasil, com obras que costumam ser referenciadas em diversas disciplinas de redação e língua portuguesa.

Nesse guia de consulta, o autor esclarece as dificuldades que costumam ser mais recorrentes entre candidatos a concursos públicos, estudantes e profissionais de várias áreas.

A obra possui cerca de 1.500 verbetes, abrangendo as regras de acentuação, o novo Acordo Ortográfico, apóstrofo, hífen, crase, flexão, formação do plural, conjugação, numeral, preposição, regência, concordância, dentre outros temas.

O livro foi lançado pela Editora Nova Fronteira, em 2016.

3. Para falar e escrever melhor o português, de Adriano da Gama Kury

O especialista traz dicas interessantes de escrita, inclusive as que costumamos deixar de lado na hora de escrever.

Um diferencial do livro são as explicações em tom descolado e bem-humorado, como em “Hífen-Tracinho trapalhão” e “O imperativo sempre manda”.

Além de explicar didaticamente sobre a acentuação e contextualizar, por exemplo, as “várias línguas” que falamos, o autor também trata sobre o emprego correto de iniciais em maiúsculas, regência e concordância, dentre outros temas, sem esquecer, como ele diz, da “cabulosa crase”.

O livro está em sua quarta edição, revista e atualizada, publicada pela Editora Lexikon em 2021.

4. Falar bem, escrever melhor, de Sandra Duarte Tavares

A obra traz dicas úteis e exemplos claros para aprimorar o uso da língua portuguesa tanto na fala quanto na escrita, para diferentes situações de comunicação.

Sandra discorre sobre questões, como “Quais expressões de cortesia linguística poderão suavizar uma ordem ou um pedido?” ou “Quais os recursos linguísticos mais capazes de causar uma boa impressão no nosso ouvinte ou leitor?”.

Dessa forma, a autora acredita que, ao aprimorar as competências de fala e escrita, é possível alcançar mais credibilidade, aceitação e sucesso nos objetivos.

A obra foi publicada em 2016 pela Editora Esfera dos Livros.

5. Escrever melhor: guia para passar os textos a limpo, de Dad Squarisi e Arlete Salvador

Nesse livro, as especialistas fornecem dicas sobre como escrever melhor e deixar o texto mais conciso, agradável e sedutor.

Um ponto interessante na obra é que as especialistas abriram espaço para falar de outra etapa que costuma dar trabalho durante a composição de um texto: a revisão. Assim, elas explicam como revisar o próprio texto e evitar erros.

A obra também exemplifica os problemas mais comuns em variados tipos de texto, tais como documentos, relatórios, reportagens, dissertações, teses e até petições, indicando como escapar de “ciladas” da língua portuguesa.

O livro foi lançado em 2008 pela Editora Contexto.

6. Ler, pensar e escrever, de Gabriel Perissé

Neste guia o professor explica a conexão entre ler, pensar e escrever e como esses atos são imprescindíveis para diversas atividades, como a expressão, o aperfeiçoamento profissional e a evolução pessoal.

Baseado nessa premissa, por meio do livro, o autor nos estimula como construir o caminho do pensamento de forma que ele seja transformado em escrita, de forma magistral, imprimindo o seu estilo e fazendo com que seus leitores pensem com mais perspicácia.

Sem “receitas mágicas, conselhos infalíveis ou macetes descartáveis”, Perissé auxilia sobre como transformar o pensamento em escrita, sendo um livro útil especialmente para quem escreve textos argumentativos, como artigos acadêmicos ou crônicas, por exemplo.

A edição mais disponível para aquisição nas livrarias é a quinta, lançada em 2017 pela Editora Saraiva.

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7. Truques da escrita — Para começar e terminar teses, livros e artigos, de Howard S. Becker

A obra do sociólogo norte-americano é um clássico guia para estudantes e pesquisadores, que normalmente precisam criar seus trabalhos acadêmicos sob pressão, prazos enxutos e muitas expectativas.

De forma sensível, leve e bem-humorada, o autor expõe as principais falhas e vícios comuns encontrados em textos acadêmicos, com a verborragia, o abuso da voz passiva, o emprego de expressões muito extensas e que podem ser sintetizadas, dentre outros exemplos.

O especialista procura mostrar que a insegurança (como o medo da opinião dos professores ou a comparação com os colegas) e os bloqueios da escrita, são normais, mas podem ser superados.

A obra foi lançada no Brasil em 2015 pela Editora Zahar e contém até um prefácio do autor, escrita especialmente para o público brasileiro.

8. Como escrever artigos científicos — Sem arrodeio e sem medo da ABNT, de Ítalo de Souza Alquino

Esta é outra obra focada em ajudar estudantes e pesquisadores na produção de trabalhos como teses, dissertações e outros materiais acadêmicos.

Ele funciona como um guia para quem deseja produzir um trabalho acadêmico e sente algum receio, explicando passo a passo sobre como desenvolver o conteúdo.

Além disso, também aborda sobre um tema que costuma gerar muitas dúvidas: as normas ABNT. O autor explica com detalhes como padrões de formação, como inserir citações, entre outras padronizações importantes.

O livro foi lançado em 2012 pela Editora Saraiva.

9. A arte de escrever para a Web & produzir conteúdos poderosos, de Paulo Maccedo

Falar em escrever bem atualmente não envolve apenas produzir texto para formatos impressos, mas também para a Internet, que possui características próprias.

Pensando nisso, o autor escreveu esse livro, que fornece dicas para quem está começando a escrever para os meios digitais, como mídias sociais e blogs, e precisa utilizar esses canais para promover seu trabalho.

O livro traz noções básicas de alguns conceitos essenciais para a escrita na Web, como Marketing de Conteúdo e SEO (Search Engine Optimization, ou otimização para motores de busca, em português) e de que forma tornar a sua escrita mais atrativa na web, para atrair e engajar mais público.

A obra foi lançada em 2017 pela DVS Editora.

10. Sobre a escrita: a arte em memórias, de Stephen King

Não poderíamos encerrar esta lista sem um dos clássicos guias para escritores.

Neste livro, Stephen King, autor de ficção mundialmente consagrado, compartilha como é o seu processo criativo.

Por meio da obra, King tenta mostrar que não é preciso ser um gênio para escrever bem. Ele apresenta dicas de linguagem e como encontrar o estilo próprio.

O escritor norte-americano também conta sobre livros e filmes que o influenciaram na juventude e quais ferramentas criativas costuma utilizar para criar seus personagens e histórias.

No Brasil, é comum encontrar à venda a edição da Suma de Letras, de 2015.

Criatividade e escrita

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Qual é a relação entre ser criativo e uma boa escrita? Para a pesquisadora em Criatividade e Diretora Editorial da Gênio Criador Editora, Cleusa Sakamoto, toda escrita autoral é criativa, ou seja, qualquer expressão do pensamento já é uma construção feita para comunicar ideias de modo peculiar e criativo.

Segundo Cleusa, o autor modela na produção textual o que deseja comunicar, e a forma como o faz é própria, sendo, portanto, genuinamente criativo.

“Por exemplo, escritores, mesmo sem se darem conta, possuem grande intimidade com o processo criativo na escrita e podem identificar fatores favoráveis ou não na sua experiência criadora”, destaca.

Para a especialista, um dos principais mitos que envolvem a escrita criativa e a ideia de que é possível treinar a criatividade. “Esta não é uma habilidade, mas uma capacidade. Ela não pode ser treinada e aprimorada pela frequência de ações realizadas, mas, sim, pode ser mobilizada para entrar em ação e ser utilizada sob certas condições.”

A pesquisadora acrescenta: “não há atividade que, se repetida várias vezes, gere por si só soluções criativas para a escrita, mas se uma pessoa pesquisar muito sobre um assunto e se permitir esboçar um texto, mas sem expectativas, sua bagagem e tranquilidade podem favorecer o surgimento de ideias inusitadas, interessantes e cativantes para seu público.”

Cleusa elenca abaixo algumas dicas de como utilizar a sua criatividade a favor da escrita:

1. Enfrente a “pressão” do espaço em branco – Lembre-se que todo texto começa em uma página em branco, isto é, o vazio é o precursor de qualquer produção textual. É preciso saber tolerar o incômodo gerado por esse espaço vago inicial na criação textual.

2. Relaxe – Não se preocupe em obter de imediato a composição textual satisfatória. Este tipo de exigência tende a bloquear seu processo de escrita, além disso, é necessário analisar que um texto é uma construção complexa, que se estrutura em etapas.

3. Encare a escrita como um “romance” entre autor e conteúdo — Enquanto a criatividade é um processo, uma produção textual tem pontos-chaves que são percebidas com o avançar da escrita. Conforme se cria, o conteúdo vai revelando os conceitos principais ou ideias da mensagem. Em certo momento, a proposta de comunicação fica mais clara para quem a criou. Parece uma espécie de “romance” que ocorre entre o autor e seu texto, na qual seu criador se envolve e se deixa levar por esse vínculo construtivo.

4. Saiba cortar trechos quando for necessário — É importante ter o desprendimento de excluir trechos desnecessários; isso é uma qualidade imprescindível na finalização de uma produção textual. Às vezes, perdemos o foco do tema, sendo natural ter que revisar o conteúdo e eliminar arestas.

5. Tenha conhecimento da língua e domínio técnico da escrita, mas deixe a criatividade fluir — As boas ideias, insights e encadeamentos bastante harmoniosos no texto surgem muitas vezes de modo espontâneo. Contudo, o trabalho de ajustamento do texto também passa pela expertise do autor com a gramática e o domínio técnico da escrita. A produção textual criativa é, por essência, curiosamente imprevisível. Por isso, é importante ter uma postura de desprendimento e total abandono ao ato de escrever. Dessa forma, o texto pode se revelar muito surpreendente. Isso acontece porque o pensamento criador segue o fluxo de uma construção que não temos controle. É como uma dança em que a música nos invade e temos que nos deixar levar. No caso, a música é a melodia das nossas motivações e curiosidade que dá o tom das possibilidades de expansão do território de conhecimento que estamos habitando na experiência. Uma experiência criativa é sempre uma descoberta, seja como for.

Esperamos que indicações de livros e dicas te inspirem a escrever mais e a aprimorar o seu texto.

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Com informações de: Oficina Só Português, Papo de Homem, Descobertas Bárbaras, Canal do Ensino

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